A minha capa de poeta
não me protege
do frio do
medo...
Antes, meu
segredo
é revelado.
A minha capa não
me cobre.
Antes, não quer
que eu me dobre
a certas
situações da vida.
A minha capa é
indefinida:
não é capa, é
cruz;
não é sombra, é
luz;
não é nada, e sendo...
E, em cima ou
embaixo
da capa, eu vou
vivendo.
A.J. Cardiais
imagem: google
Um comentário:
Pois é... ando percebendoque a gente acaba ficando torto, de tanto se dobrar e se desdobrar. E quando isto acontece, é mais que flexibilidade ou resiliência, é masoquismo mesmo. Lindo poema! Tenha uma boa tarde.
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