segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Capa de Poeta

















A minha capa de poeta
não me protege
do frio do medo...
Antes, meu segredo
é revelado.

A minha capa não me cobre.
Antes, não quer
que eu me dobre
a certas situações da vida.

A minha capa é indefinida:
não é capa, é cruz;
não é sombra, é luz;
não é nada, e sendo...

E, em cima ou embaixo
da capa, eu vou vivendo.

A.J. Cardiais
imagem: google

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Pois é... ando percebendoque a gente acaba ficando torto, de tanto se dobrar e se desdobrar. E quando isto acontece, é mais que flexibilidade ou resiliência, é masoquismo mesmo. Lindo poema! Tenha uma boa tarde.