A palavra é uma larva
à espera de alimentação...
Quando o poeta põe a mão,
ela é tomada pela palavra.
Aí o poeta lavra a palavra.
Quando lava as mãos
cheias de larvas,
o poeta contamina tudo:
O branco do papel,
a imaginação,
o sol, o sal, o céu, o chão...
O poeta é só contaminação...
Contaminação de ideias,
contaminação de palavras.
A.J. Cardiais
imagem: google
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