Para
que serve o poeta,
enquanto está em fermentação?
Sua poesia não vale um pão.
Seu poema não para a escravidão,
e sua dor é só sua,
enquanto está em fermentação?
Sua poesia não vale um pão.
Seu poema não para a escravidão,
e sua dor é só sua,
não
da multidão.
Ele rabisca o caderno,
cisca no inferno,
queima pés e pestanas,
queima a última grana
apostando em um sonho...
Ah pesadelo medonho...
Quem quer poesia?
Quem quer a ousadia
de quem vive um sonho?
Ele rabisca o caderno,
cisca no inferno,
queima pés e pestanas,
queima a última grana
apostando em um sonho...
Ah pesadelo medonho...
Quem quer poesia?
Quem quer a ousadia
de quem vive um sonho?
A.J. Cardiais
imagem: google
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