sábado, 12 de julho de 2014

O Dilúvio da Fala













Não faço nada sem gosto.
Mesmo fútil, eu aposto.
Rimo o perfil do desgosto
engolido qualquer troço.

Sou a paixão incontida,
brilhante, reluzente;
o soneto inconsequente
ditado por alma perdida.

As palavras se chocam
e descerram
o dilúvio da fala.

Escrevo pelos cotovelos.
O perfume que exala
faz arrepiar meus cabelos.

A.J. Cardiais
11.07.2014
imagem: google

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